Se não renovo a força...
Fervilha, ao meu redor, o desespero
De ser apenas eu, um solitário,
Que vê tanto mistério. Mas não quero
Contar todas as contas do Rosário.
Palpá-lo-ei do modo mais sincero,
(Não vá eu devassar o Santuário)
De forma que o conheça, puro e vero
E o torne, nesta Vida, um Relicário.
Nada mais eu seria, que matéria
Volátil, na distância que medeia
O Ser de perfeição e a miséria.
Mas, ai da vida minha, que desaba
No imenso turbilhão que me rodeia,
Se não renovo a força que se acaba!...
SOL da Esteva
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