Quando Anoiteceu
Fogem, entre os dedos, do relógio lento,
Os minutos duros, duma espera vã.
Fogem, flutuando, em meu pensamento
As esperanças caras, de hoje e de amanhã.
Apenas as mágoas tomam forma certa
Por entre a tristeza que minha Alma rói.
Eu não posso ter, assim, uma Alma aberta,
Porque jamais o destino se condói.
Mais remotas, as esperanças de te ter,
Por cada salto daquele contador;
E mais aceso se torna o meu querer.
E o fim do dia, que tanto prometeu,
Tornou-se a amarga tortura, ao meu Amor.
... Regressei sozinho, quando anoiteceu.
SOL da Esteva
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